Angelini Pharma e Ovid Therapeutics firmam contrato de licença que prevê desenvolvimento, fabricação e comercialização de terapia para doença genética rara em território europeu
Doença genética rara, a síndrome de Angelman é caracterizada por uma variedade de sinais e sintomas que incluem atraso no desenvolvimento, incapacidade intelectual, comprometimento da fala, problemas de movimento e equilíbrio, convulsões, distúrbios do sono e ansiedade. Um acordo firmado recentemente entre a Ovid Therapeutics e a italiana Angelini Pharma pode resultar em uma nova opção de tratamento para os pacientes que sofrem dessa condição que afeta cerca de 1 em cada 20 mil indivíduos. O contrato foi assinado pela Angelini Pharma Rare Diseases AG., nova afiliada da Angelini Pharma.
O termo oficializado entre as duas companhias prevê que a Angelini Pharma fique responsável por desenvolver, fabricar e comercializar o OV101 (gaboxadol), tratamento em potencial para a síndrome de Angelman, que, caso aprovado pelas agências regulatórias internacionais, seria disponibilizado aos pacientes da União Europeia e de outros países que pertencem ao cenário econômico europeu, como Suíça, Turquia e Reino Unido. O OV101 está sendo avaliado no principal estudo de fase 3, com resultados previstos para o último trimestre deste ano. Atualmente, não há opções terapêuticas aprovadas para tratar a síndrome de Angelman. Estados Unidos (EUA), União Europeia e outros países lidam no enfrentamento da enfermidade por meio de intervenções comportamentais e manejo farmacológico dos sintomas.
Sobre o OV101 (gaboxadol)
O OV101 está sendo desenvolvido para o tratamento das síndromes de Angelman e do X Frágil para restaurar, potencialmente, a inibição tônica e, assim, tratar vários dos principais sinais relacionados às condições. Em estudos pré-clínicos, observou-se que o OV101 melhorou os sintomas das duas síndromes. Este composto também foi testado anteriormente em mais de 4mil pacientes e observado com perfil favorável de segurança e biodisponibilidade. A Ovid está conduzindo um estudo clínico de Fase 3 com o OV101 na síndrome de Angelman (NEPTUNE) e concluiu um trabalho clínico de descoberta de sinal de Fase 2 com o OV101 na síndrome do X Frágil (ROCKET).