Após reduzir os níveis de proteína tóxica, tratamento será avaliado em relação à desaceleração da progressão da doença
Por Vinicius Volpi, com Reuters
Um grupo de cientistas de Londres, na Inglaterra, tentou, pela primeira vez, consertar um defeito em uma proteína que causa a doença de Huntington, enfermidade hereditária rara, e degenerativa do cérebro, que pode afetar todas as pessoas, desde a infância até a terceira idade. Liderada pela pesquisadora Sarah Tabrizi, professora de neurologia clínica da University College London, a equipe que participa dos testes clínicos iniciais constatou que o medicamento IONIS-HTT(Rx) foi capaz de atacar a causa básica da doença e reduzir os níveis de proteína tóxica, o que é algo pioneiro na área. A partir da descoberta, o próximo passo, segundo os cientistas, é ampliar o teste para checar se o medicamento também pode desacelerar a progressão da doença.
Doença de Huntington (DH)
A Doença de Huntington (DH) é uma enfermidade hereditária rara, e degenerativa do cérebro, que pode afetar todas as pessoas, desde a infância até a terceira idade. Os sintomas costumam aparecer entre os 30 e 50 anos, sendo os mais comuns de ordem cognitiva, como pensamento, julgamento e memória, além de movimentos e equilíbrio emocional. Embora seja progressiva, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo podem minimizar o avanço da doença, principalmente em relação ao impacto motor e mental. A enfermidade também é conhecida como “coreia hereditária”, originária da palavra “dança”, de origem grega, em alusão aos movimentos involuntários que estão entre os sintomas mais comuns.
Fonte: Associação Brasileira de Huntington (ABH)