Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

O que é Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Lúpus pode ser uma palavra diferente e vem do latim. Antigos médicos da Idade Média achavam que manchas que aparecem na face de algumas pessoas teriam um aspecto semelhante ao que se vê na cara de alguns tipo de lobo, por isso hoje temos essa denominação que vem do latim – Lúpus, que significa lobo, e atualmente a nomenclatura correta é “Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)”.

É uma doença inflamatória autoimune e crônica, mais frequente nas mulheres (90% por cento dos casos) do que nos homens. A estimativa é que tenham 65 mil pessoas convivendo com essa doença, que surge em geral após os 40 anos de idade, e é provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico.

Atualmente são descritos dois tipos de lúpus: o cutâneo, que se manifesta com manchas avermelhadas na pele (ou eritematosas, por isso vem o nome lúpus eritematoso), em especial nas regiões do corpo que se expõem mais ao sol (rosto, orelhas e braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são afetados.

Causa

A causa do LES ainda é desconhecida, mas sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais podem resultar no aparecimento dessa doença que, se não cuidada adequadamente, pode ser bem limitante.

Outra questão é que a exposição solar, obesidade, tabagismo e sedentarismo são fatores que podem desencadear quadros mais intensos da doença.

Sinais e Sintomas

Os sintomas típicos são: rash cutâneo – vermelhidão na face em forma de “borboleta”, dor articular, dificuldade para respirar, queda de cabelo, feridas, dor de cabeça, alteração na memória, ansiedade, perda de apetite, rigidez muscular, inchaço, fraqueza, fadiga entre outros.

As características clínicas são bem variadas de indivíduo a indivíduo e a evolução costuma ser crônica, com períodos mais acentuados de atividade e outros de remissão. O que ocorre é que o próprio corpo criaria uma autoagressão (autoimune) e a partir daí o paciente produz anticorpos e isso se volta contra seu próprio corpo causando diversas manifestações e que no caso a doença que mais representa isso seria o Lúpus

Apesar das características clínicas variam de um indivíduo para outro e a evolução pode fazer com os lúpicos (pacientes com lúpus) tenham desde sintomas leves até quadros bem mais graves. Caso a pessoa tenha sintomas característicos deve ser encaminhada a especialista, no caso reumatologista.

Tratamento

Por enquanto, lúpus não tem cura e é uma doença crônica que depende de tratamento e acompanhamento médico periódico. O tratamento do lúpus, hoje considerado efetivo desde que seja bem executado, deve promover o real controle dos sintomas, melhorando assim qualidade de vida da pessoa.

O tratamento varia para cada paciente de acordo com o quadro clínico de cada paciente. De acordo com a Sociedade Brasileira de reumatologia, as classes de medicamentos mais utilizadas são os corticoesteroides, imunossupressores e antimaláricos e outras modalidades de tratamento biológicos já disponíveis no Brasil.

Que especialista procurar

Reumatologista.

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