Professora de genética da UNICAMP, Vera Lúcia Gil da Silva Lopes elogia a história sobre o menino que sofre da Síndrome de Treacher Collins
Por Vinicius Volpi, com informações da Sociedade Brasileira de Genética Médica
Sucesso mundial de bilheteria, o filme norte-americano”Extraordinário” aborda a vida de um portador da Síndrome de Treacher Collins – anomalia genética rara que afeta uma em cada quarenta mil pessoas. Em entrevista para o site da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), a professora de genética médica da UNICAMP, Vera Lúcia Gil da Silva Lopes, analisou os principais pontos que envolvem a trama, principalmente no que se refere à abordagem da doença rara que acomete o personagem principal do enredo.
Acompanhe a avaliação da médica geneticista sobre os principais aspectos que envolvem o filme:
“O filme é muito real e bastante interessante. Não é uma síndrome comum, mas é de difícil compreensão por muitas pessoas e tem diversos níveis de sintomas e sinais no corpo. Em alguns casos pode haver uma leve alteração, enquanto em outros podem acontecer problemas de formação na mandíbula, no pavilhão auricular e de simetria facial”.
Vera Lopes fala também sobre as formas de pesquisar geneticamente a probabilidade da criança ter algum nível da Síndrome de Treacher Collins:
“É possível realizar a pesquisa genética em três casos: quando alguém da família possui a síndrome, pois a chance de voltar a aparecer nas futuras gerações é grande; quando surgem algumas anormalidades nos exames de ultrassonografia, como alteração no crânio e fendas; e após o nascimento da criança, quando é possível perceber se há alguma alteração. Quanto mais precocemente for diagnosticado, mais tranquilo será o tratamento”.